Pelo Avaaz Sebastião Salgado faz apelo para proteger povos indígenas da Amazônia do Covid 19.
A mobilização de Sebastião Salgado e de sua mulher Lélia pode ser prejudicada pela censura aplicada pelo Facebook às fotos de índios que aparecem parcialmente nus.
Alguns usuários quando tentaram divulgar a campanha foram surpreendidos com avisos como “sua publicação viola nossos Padrões da Comunidade sobre nudez ou atividade sexual”, e ficam suspensos por 24 horas impedidos de curtir e postar qualquer assunto.
Medida absurda considerando que as fotos foram captadas pelas lentes de um dos mais importantes fotógrafos documentarista do nosso tempo. Quando mostram índios em sua forma tradicional de ser, aos olhos de um artista a narrativa tem a sensibilidade da arte, de um mestre, não da vulgaridade.
A censura do Facebook não considera a importância cultural, artística e histórica do material que circula na rede. Não se intimide com um bloqueio sem justificativa, feito por algorítimos e por um política que não considera o aspecto cultural. Clique aqui e assine a petição dirigida ao presidente do Brasil, líderes do Congresso e Judiciário.
Não é a primeira vez que acontece tal bloqueio com fotos de indígenas que são mostrados em seus trajes tradicionais ou nus. Em 2018, a Funai e repórteres da Folha de São Paulo tentaram divulgar um caderno Especial sobre indígenas e de Salgado receberam a mesma advertência do Facebook
Sebastião Salgado é o homem que desenha com a luz na captação das imagens. Seu trabalho é uma obra de arte e ao mesmo tempo documental. As fotos em preto e branco mesmo mudas , estáticas, conseguem dialogar com o observador e são extraordinariamente interativas.
É um patrimônio inestimável para humanidade. Em sua última mostra, Gênesis, Salgado apresenta lugares ainda intactos no planeta que devem ser guardados para sempre. A tribo Zó é, na Amazônia, faz parte deste acervo.
Impossível não se emocionar ao apreciar uma obra deste gigante na fotografia que também orgulha a nós brasileiros, lá fora. A censura realizada por máquinas que impossibilita a análise do conteúdo, é linear e grosseira. Se fosse eficiente já teria banido sites fakes e pornografia na internet. É preciso aprimorar os meios e apostar ainda no homem para refinar um sistema tecnológico.
Esses povos indígenas que “são parte da extraordinária história de nossa espécie. Seu desaparecimento seria uma grande tragédia para o Brasil e uma imensa perda para a humanidade. Não há tempo a perder”, encerra a petição assinada Salgado e sua mulher Lélia.
O mundo já está sabendo que os índios na Amazônia podem morrer de Covid 19 e pouco se faz para impedir a disseminação do vírus. O vídeo apresentado por Salgado em inglês está disponível no Youtube e pode ser compartilhado como fez o site italiano Artribune.
Não vamos nos calar diante da barbárie!