Ler é o melhor remédio! Em tempos de coronavírus….
A partir dessa premissa o PanHoramarte intensifica sua pauta no segmento literatura e sugere alguns autores e livros para que o tempo seja leve durante o período de quarentena.
Nesta edição, o jornalista e escritor paranaense Luiz Manfredini faz um resumo de duas de suas obras literárias. Memória de Neblina e As Moças de Minas são livros baseados em fatos que construíram a história de nosso país.
Em tempos de quarentena contra o coronavírus, sobram horas baldias para leituras que o corre-corre do cotidiano quase sempre impedia. Muitos vão, portanto, à pilha dos livros deixados para trás.
Dois livros – As Moças de Minas e Memória de Neblina – surgem como opção para visitar (ou revisitar) a década de 1960, uma das mais efervescentes do século XX e que ainda desperta interesse entre os que desejam conhecer melhor os caminhos do Brasil. Década de dor, sonhos e lutas, de rupturas sociais e comportamentais. No Brasil, a década dos anos de chumbo do regime dos quartéis.
Em As moças de Minas, narra-se a dramática história de cinco jovens estudantes presas em Belo Horizonte, em 1969, por suas atividades de resistência ao regime militar – que incluíram sua transformação em operárias e camponesas para despertar as lutas sociais – e os terríveis sofrimentos pelos quais passaram.
Memória de Neblina é um romance sobre meninos e meninas que, sob a ditadura militar,conviveram com sonhos e pesadelos justamente quando estavam se formando para a vida – não mais meninos, tampouco adultos. Hilários, dramáticos, amorosos, radicais, lutam e brincam a um só tempo. Vivem um tempo de trevas. Ainda assim, acendem risos. O lúdico não abandona o revolucionário. Nas frias madrugadas curitibanas, cobrem as imaculadas paredes de um colégio – todas elas – com poemas pichados com bastões de cera. Em seguida, mergulham em estripulias até o amanhecer. Dias depois, lá estão eles distribuindo panfletos em um bairro operário e discursando sobre bancos de praças. Mais tarde, entre operários e camponeses, semeiam sua revolução. Memória de Neblina é, sobretudo, um elogio ao pensamento humanista e transformador.
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Luiz Manfredini é veterano jornalista e escritor em Curitiba. Além de As moças de Minas e Memória de Neblina, publicou o romance Retrato no entardecer de agosto e a biografia A pulsão pela escrita. Trabalhou em O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil e revista ISTOÉ, entre outros órgãos de imprensa. É colunista do portal Vermelho e membro do Conselho Editorial da revista Princípios, editada em São Paulo.
Ambos os livros poderão ser adquiridos pela internet, no site da Livrarias Curitiba: www.livrariascuritiba.com.br