Artemisia Gentileschi, artista italiana nascida em Roma, em 1593, foi provavelmente a primeira mulher a enfrentar preconceitos ao levar a um tribunal e condenar o homem que a violentou. Pelo personagem feminino que representou na história, a coragem e o talento que permearam a carreira desta jovem italiana do século XVII, homenageamos todas as mulheres, em seu dia. Seja o exemplo de Artemisia um estímulo para as mulheres prosseguiram na luta contra a violência, desigualdade e discriminação social.
“Mulher muito inteligente e bonita, filha de um pintor conhecido, Orazio Gentileschi, expoente do caravaggismo, quando jovem foi vítima de um estupro hediondo por Agostino Tassi, seu mestre da perspectiva”, postou o italiano Antonio Puleo, no grupo Italiani e oriundi, dal mondo, Arte, Cultura e Luoghi do Facebook. Ela desafiou a calúnia e o costume de seu tempo, condenando, após um longo e interminável julgamento, seu violador. Equipada com gênio e grande talento, ela transferiu a violência e abuso às mulheres para arte e suas pinturas, primeiro em Roma, depois em Florença, Londres e Nápoles, transformando-as em imensa beleza. O talento foi de tal forma absoluto e reconhecido que tornou-se a primeira mulher a entrar na Academia de Desenho, em Florença e então ser considerada o símbolo indiscutível do feminismo.
Suas belas pinturas são expostas em galerias e maiores museus italianos.”
Um dado muito interessante pode ser observado no perfil de Artemísia no Wikipedia, em português, quando o colaborador descreve a biografia da artista: “sua arte atualmente é ofuscada pelo suposto estupro que sofreu no século XVII “.
Por que ofuscada? Suposto…. Não será também preconceito que ainda persiste nos tempos atuais. Ao contrário, Antonio Puleo, professor italiano reconhece-a como uma grande artista e vanguarda no feminismo em sua época.
Se procurarmos a história de Artemísia encontraremos informações na própria Wikipedia, em italiano, sobre o estupro e a coragem em expor-se na sua tragédia pessoal e buscar a condenação de seu algoz , assim como as dificuldades que enfrentou na sociedade do século XVII por ter sido violentada.