Algumas igrejas no Brasil foram construídas com uma das torres inacabada. A construção torna-se pitoresca e desperta a curiosidade das pessoas. Dizem de ‘boca a boca’ que foi o ‘jeitinho brasileiro’ de driblar os pesados impostos do governo lusitano na época. Será?
Essas igrejas estão mais concentradas em algumas capitais do nordeste e foram construídas no período em que predominou a arquitetura barroca. Esta da foto chama-se Igreja Nossa Senhora da Saúde, no Poço da Panela, em Recife, Pernambuco. Ela é pequena e seu interior é aconchegante segundo alguns fiéis que a frequentam e deixaram depoimento na Google.
Jeitinho brasileiro
Mesmo que o professor de Teologia do Mosteiro de São Bento de São Paulo, Gabriel Frade, tenha afirmado em uma entrevista que a história dos impostos é pura lenda, o oportunismo não é uma atitude tão desconhecida do nosso povo, até hoje.
O ‘jeitinho brasileiro’ é quase um hábito de muitos brasileiros. Alguns até consideram um ato de molecagem subornar um policial que ia aplicar multa, sonegar imposto de renda, diminuir o consumo de água e luz com alguns ‘gatos’ nas ligações.
Barroco
No entanto, o argumento de historiadores, no caso das igrejas barrocas de uma torre só, cujo o projeto inicial no papel era para ter duas, baseia-se na falta de recursos para finalizar a obra. Mas ainda assim, acho difícil convencer alguém que a falta de recursos só deixou para trás poucos metros de torre, como aconteceu também com a Basílica de Nossa Senhora do Carmo, da capital de Pernambuco.
O estilo Barroco predominou mais nos séculos XVI e XVII e baseou-se no contraste, no exagero e na emocionalidade. Rembrandt foi um dos mais importantes pintores desse movimento que no Brasil teve o escultor Antônio Francisco de Lisboa, o Aleijadinho, como principal representante.
As igrejas brasileiras construídas entre o período de colonização e o Brasil Imperial expressam na arquitetura o estilo barroco. Como o movimento precedeu o Renascimento trouxe para arte o rebuscado, com pinturas e esculturas dramáticas.