Nada melhor que começar 2017 apreciando o belo, sobretudo a beleza das flores. Escolhemos as ninfeias pela extraordinária delicadeza de suas formas e cores. A visita aos jardins de Monet é roteiro obrigatório para quem aprecia a natureza e deseja mergulhar em fatos e dados sobre a história da arte.
O fascínio do pintor impressionista francês Claude Monet (1840-1926)pela natureza imortalizou a flor aquática, do gênero Nympheas, e concedeu à humanidade o legado de apreciá-la ao natural no lago de seu jardim,em Giverny, em seu esplendor no interior da França, a partir de junho até meados de agosto.
Os oito gigantescos e famosos painéis de “Ninfeias” encontram-se no Museu L’Orangerie, em Paris, e foram pincelados por um Monet, quase cego, no final de sua vida. Sobre os painéis veja mais em Ninfeias para relaxar
Painéis das Ninfeias pintadas por Monet, no Museu L’Orangerie
O passeio ao jardim e à casa de Monet, em Giverny, na região da Normandia, durante a primavera europeia, transporta o visitante ao que era o cotidiano do pintor francês, em meio a panaceia de cores e perfume do local. Lá é possível entender a incessante pesquisa sobre a luz desenvolvida pelos pintores do movimento.
O impressionismo empurrou o pintor para fora de seu ateliê e lhe mostrou o mundo real que precisava ser pincelado e não aquele proposto pelos delírios da aristocracia francesa e a competitiva e poderosa igreja católica européia (Itália, Espanha e Portugal). Leia mais sobre o assunto Impressionismo e a fotografia
“ Escancararam as janelas e deixaram entrar o sol e passar o ar”, escreveu Edmond Duranty em 1876, sobre as telas impressionistas. Ele era novelista e crítico de arte francês.
Jardim de Monet , Giverny
Um jardim encantado moldado pelo artista, que projetou-o como um quadro, com áreas de luz e sombra e cores harmoniosas, com a ajuda de seis jardineiros em tempo integral.
Ninfeias florescendo no lago do jardim de Monet
A partir de 1.900, o lago tornou-se o lugar favorito de Monet para pintar e esse hábito cultivou-o durante os 25 anos seguintes. Seus quadros tornaram-se maiores e ainda mais impressionistas no final, principalmente quando sua visão começou a enfraquecer.
NInfeia rosa do Jardim de Monet. foto Mari Weigert
ninfeia amarela do jardim de Monet. foto Mari Weigert
No começo dos anos 1900, o artista passava a maior parte do seu tempo pintando o jardim aquático de Giverny.
Em 1914, ele mandou construir um terceiro ateliê no jardim e seu amigo, o primeiro-ministro francês, Georges Clemenceau, pediu que pintasse algumas ninfeias como presente para França. As obras foram terminadas em 1918 e entregues ao governo francês, porém Monet não viveu para ver a inauguração do museu com suas obras, em 1927.
Monet pintava os efeitos da luz na natureza
Monet procurava pintar o mundo do jeito que o enxergava, usando cores puras para mostrar as diferentes tonalidades que adquire à luz do dia.
O sol era o que mais fascinava o pintor. Chegou a retratar a mesma cena – uma catedral no norte da França – trinta vezes, só para mostrar o poder transformador da luminosidade.
Ninfeias de Monet
Ironicamente, em razão de um ferimento nos olhos aos 60 anos, não conseguiu, a partir daí, perceber tão claramente esta luminosidade buscada em seu trabalho, no entanto, o fato não prejudicou sua criatividade e produção, pois as Ninfeias e muitas de suas obras famosas foram produzidas depois.
Para chegar em Giverny saindo de Paris deve-se pegar o trem na Gare Saint-Lazare rumo a Vernon. Depois de uma hora de viagem chega-se a Vernon. O próximo passo é de procurar o ponto do ônibus que faz o trajeto a Giverny , também fácil porque está localizado próximo da estação de trem. A passagem de trem Paris-Vernon ida e volta, trajeto de uma hora, custa 25 euros, para o ônibus deve-se reservar 8 euros e a entrada no local é 4 euros.
Para os leitores do PanHoramarte desejamos um novo ano moldado da forma como se deseja. É preciso ter em mente a força do nosso livre arbítrio, que nos faz capaz de escolher, e se for para escolher, vamos alçar voos em busca de nossos sonhos dourados, na realização de projetos impossíveis que se tornam possíveis. Mesmo não chegando às estrelas, esses voos nos possibilitam olhar para trás e perceber o caminho iluminado pelo esforço de haver tentado!
Mari Weigert é jornalista com especialização em História da Arte pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Atuou na área de cultura, como jornalista oficial do Governo do Paraná. Durante um ano participou das aulas de Crítica de arte de Maria Letizia Proietti e Orieta Rossi, na Sapienza Università, em Roma como aluna ouvinte. Acredita que as palavras bem escritas educam e seduzem pelos seus significados que se revelam na poética da vida. *IN ITALIANO (Mari Weigert è giornalista e perfezionata in Storia dell' Arte per la Embap, del Brasile. Durante un anno è stato alunna di Critica d'Arte, alla Sapienza Università di Roma. Crede nelle parole ben scritte che seducono per le sue significate in cui rivelano la poetica della vita.).
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