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Você sabe quem é Jean-Joseph Raboud

É mais provável que a resposta será não!  Mas algumas das crianças que pertencem a escola Crescer, na comunidade Mãe Luiza e à Adic, em Passo da Pátria, ambas na periferia de Natal, Rio Grande do Norte, saberão responder  quem é o suíço Jean-Joseph Raboud (1937).

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Além de lançar recentemente um livro na capital potiguar – Nossas Vidas! Arriscar…, esse europeu de bom coração já desenvolveu diversos projetos sociais no nordeste do Brasil.

Com suas escolas ajuda mais de 500 crianças a sair da marginalidade e propôs a homens do campo (Aaccrn) uma  agricultura familiar com mais sustentabilidade.

Seu primeiro livro nada mais é do que uma forma de contar sua incrível história de vida. A saga de duas pessoas, ele e a mulher Elisabeth (1935-2014) que passaram pelas agruras das guerras, não perderam a fé e a vontade de melhorar o mundo.

Uma das escolas, a Crescer tem 20 anos de fundação e atua com atividades de contraturno em uma das comunidades mais carentes de Natal, Mãe Luiza.

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A Associação para Desenvolvimento de Iniciativas de Cidadania (Adic), também é outra escola que funciona com atividades extra-curriculares para dar apoio ao ensino regular.

 

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A Adic está entre as 30 melhores instituições de contribuição social do Brasil selecionadas pela UNESCO. Fundada há 12 anos, atende 305 crianças que vivem no Passo da Pátria, também periferia de Natal.

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De acordo com a co-fundadora e gestora, Andréa Varela Leite, o trabalho desenvolvido pela Adic amplia o conhecimento a partir da transdisciplinaridade. Isto é, promove a educação pela arte. As crianças têm aulas de balé, música, teatro, esportes, informática. “Dessa forma, saem do horror da violência e do tráfico”, afirma.

A Adic conta com o apoio financeiro da Fundação Suiça, AMEROPA, e da Criança Esperança, além de doadores individuais e parcerias com empresas e universidades.

Dinâmica e objetiva,Andréa resolve pendências aqui e acolá. É solicitada a todo momento e tem sempre uma solução para os problemas que aparecem.  Percebe-se que a equipe trabalha em sintonia.

 

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Não esconde seu orgulho em mostrar um projeto que está dando certo na comunidade.

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“A Charrete do Saber”, uma biblioteca adaptada dentro de uma pequena charrete que leva atividades culturais pelo bairro uma vez por mês.

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Em meio ao bate-papo teve tempo de encerrar o curso de artes desenvolvido pela artista plástica, Maria Eneida Ferreira, com algumas mães de alunos. O grupo aprendeu a construir banquetas com garrafas PET e papel machê. O resultado foi surpreendente!

Em pouco mais de uma hora foi possível vislumbrar o mundo corriqueiro e regional da Adic, com muitos desafios, pequeno em comparação aos problemas de um Brasil complexo, mas que se agiganta pelo conteúdo do trabalho: oferecer qualidade de vida para as crianças que vivem em famílias de baixa renda.

Olhar Crítico

Conhecer pessoas como Jean-Joseph Raboud é acreditar no impossível e ter certeza que a transformação começa a partir de iniciativas e vontade de cada um. O suíço e a esposa fizeram a diferença nesse Brasil carente de boas intenções.  A receita, segundo ele, é “doar-se e arriscar-se sempre”.

Apresentar Jean-Joseph é uma homenagem singela do PanHoramarte, a alguém que implantou práticas sociais que mudam comportamentos e constroem uma sociedade mais justa.O olhar dele dirigido às crianças  tem passagem para o futuro.

A  Jean e Elisabeth muito obrigada! Agradecemos também a Cleide Tomé de Lima e Silva, com o Lar Bom Pastor, em Nísia Floresta, que ampara 20 crianças abandonadas; e no outro extremo, sul do Brasil, precisamente em Curitiba, no Paraná, também obrigada a Lucia Helena Fernandes Stall, que orienta seus afilhados, ex-meninos de rua, e  à família de Belmiro Valverde Jobim Castor (1942-2014), que mantém com garra o Centro de Educação João Paulo II, em Piraquara.

São histórias quase iguais de pessoas que não se conformam com a desigualdade e a injustiça social e arregaçaram as mangas sem medo de arriscar. Vão à luta! Sabemos que devem existir muitos delas espalhados pelo Brasil afora. Vamos divulgar e homenagear sempre, basta nos mandar a história….

É o mínimo que um site de cultura e entretenimento pode fazer, na posição de difusor de boas ideias. O que nos interessa é destacar o trabalho desses heróis anônimos, não num patamar de celebridades, sim como vencedores.Divulgar é o lema. Seguramente, o prêmio deles encontra-se no futuro!

 

 

 

 

 

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