A democratização da arte provocada pela internet
A matéria publicada está semana no site italiano
Exibart reforça mais uma vez a pesquisa que fiz ,
www.parana.e-meio.art.br, com os artistas plásticos paranaenses em 2006, no Paraná, sobre a democratização da arte provocada pela internet.
O artigo italiano cita o Istagram como uma surpreendente ferramenta de marketing que está mudando o comportamento na comercialização e divulgação sobre arte.
Estudo
Na
monografia final de pós-graduação, a primeira sobre o assunto internet e o mundo das artes visuais, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), numa época em que nem se falava em Curitiba de redes sociais, a resposta nas considerações finais poderá ser lida no século XXII.
“Ao final, já é possível vislumbrar que a “Rede do Tamanho do Mundo” poderá ser, sim, um meio de democratização da arte, poderá, porém com a ressalva de que a tecnologia exige uma sociedade mais evoluída culturalmente, ambientalmente e socialmente.
Ainda com uma outra ressalva, a Web tem menos de 50 anos, jovem demais para se cometer a imprudência de fazer conclusões antecipadas ou expor um pré- conceito definitivo sobre o assunto. (…).
A possível dedução é que a Internet e a web estão dentro do que se chama Física Quântica, em que nenhuma das propriedades de qualquer parte dessa rede é fundamental; todas decorrem das propriedades de outras partes, e a consistência global de suas inter-relações determina a estrutura da rede toda.
Talvez no século XXII nossos descendentes saberão responder se homem soube usar como deveria e se foi válida para nós simples mortais.”.
Exibart
Mas não precisamos ir muito longe e deixar para os nossos descendentes a resposta. O que o Exibart publicou já mostra mudanças radicais e uma nova ordem no comércio e divulgação das artes plásticas. O texto inicia desse modo:
“Um colecionador como Leonardo DiCaprio comprou obras que viu pela primeira vez no Instagram; o CEO da Christie (chefe executivo), Bretth Gorvy, utiliza o aplicativo das fotografias para mostrar os novos lotes; os artistas mostram as obras deles; cortam a intermediação da galeria de arte”.
O modo que tem o Instagram de mudar o mundo da arte, é uma realidade subestimada, segundo os novaiorquinos Feuer/Mesler. No caso da mostra atual de Loie Hollowell, a cada pessoa que chega, incluindo colecionadores, dizem que a viram no Instagram. Tudo bem que ver as coisas ao vivo tem um outro gosto, também encontrar-se numa feira de arte – sabemos que quando acabou Artíssima (Turim) – é também um ritual e concorda que talvez este novo método (se chegou ao mundo da arte) funcionaria para obras de baixo custo.
Raciocinando friamente, quem diabos sonharia, de conseguir um quadro que custasse milhões por um “clique” na tela do seu smartphone? No entanto, a pulga atrás da orelha existe. Não creio que esse modo de comprar seja aplicado na arte – diz ainda Artnet do colecionador Stefan Simchowitz .
Poderia ser um modo de vender fotos e cartazes. Mas então, por que não fotografias, visto que somos um social de excelência. Quem sabe que o próximo inimigo jurado dos galeristas não se transforme ele próprio esse vetor para difusão das imagens das obras”.
Particularmente, como autora da tese que em 2006 constatou que apenas 10 por cento de 200 artistas pesquisados sabiam usar internet, acredito que muita coisa ainda vai mudar até o século XXII.
Muitas respostas serão dadas e o comportamento no mundo das artes será outro!