Uma das mais completas coleção sobre a evolução histórica da medicina está exposta no Museu da Ciência, em Londres.
A mostra inicia no mundo antigo, com a medicina dos gregos, romanos, dos índios, da Idade Média e finaliza e com a fase contemporânea apresentando equipamentos e desenhos de épocas, com mais de 5 mil objetos.
Localizado ao lado do Museu de História Natural, o da Ciência fascina por mostrar um paralelo entre a ciência e arte e a ousadia do homem e de suas descobertas.
Um destaque interessante para as aquarelas que mostram um médico realizando o Perkins Tractors, um método utilizado no passado para curar inflamação, artrose, gota, criado pelo médico Eliseu Perkins em 1796. Consiste em duas hastes de três polegadas de metal com um ponto no final utilizado para tirar o fluido nocivo elétrico que estava na raiz do sofrimento ( na verdade, o princípio da acupuntura).
Como um ocidental que não nega a origem patenteou o instrumento, embora anos mais tarde a sociedade médica de Connecticut tenha condenado o tratamento alegando charlatanismo ilusório.
Relíquias
O material de uso pessoal do médico Vincenzo Giustiniani (morto em 1570), o último governador genovês da Ilha Chios, no Mar Egeu, em madeira e cerâmica ainda com alguns vidros de medicamentos.
Preciosidade
A gravura que representa uma médica tratando um bebe, é outra preciosidade da exposição Ciência e Arte na Medicina. Esculturas do Deus Eshu, do povo Yoruba, na Nigéria, (1880-1920) e o cocar utilizado por curandeiros africanos – África Central 1880 a 1920 – representava a importância da cerimônia de cura e a causa de doença.
Enfim, a gama de informações e material exposto deve ser visto com calma para que se possa entender a busca incessante de alguns homens sábios que quiseram diminuir as dores de seus semelhantes. Medicina, sem dúvida, é um sacerdócio e o médico moderno não deve perder este foco diante do mundo moderno, hoje excessivamente materialista.