A simpática Mafalda, inquiridora e crítica, criada pelo cartunista argentino Quino, em 1964, permanece no imaginário das pessoas há 50 anos. Por que?
É com um sorriso nos lábios que os adultos, principalmente os que nasceram nas décadas de 60 e 70, se referem a Mafalda e relembram as deduções lógicas da menina que também encanta crianças, talvez, por ser singela e ter a leveza de um desenho de traços simples , em preto e branco.
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Porque a personagem faz indagações e tem inquietudes em relação ao mundo que coincidem com os sentimentos da maioria das pessoas. Nós nos identificamos com a Mafalda e suas críticas, que com suas tiradas inteligentes manifesta com humor muitas questões que a nos incomoda, como problemas sociais, ambientais e políticos. A Mafalda somos nós.
Quino foi genial em criá-la nos anos de chumbo. Num período em que a Cortina de Ferro e os EUA estavam se digladiando para mostrar quem tinha mais poder. O comunismo cinzento e a democracia capitalista e colorida. Assim que pintavam o cenário do mundo, na época.Num tempo em que a maioria dos países das Américas, tanto Central e quanto do Sul estavam subjugadas a um ditador ou nas mãos de militares.
Mafalda estréia oficialmente na história em quadrinhos em setembro de 1964. Nesta época apareceram apenas a Mafalda e seus pais.Em 1965 é incorporado Manoelito – Manoel Goreiro. Em 6 de junho de 1965 estréia Susanita,em 1968, nasceu Guille, seu irmão e por último se incorpora Libertad.Em junho de 1973, Quino faz com que os personagens se despeçam dos leitores.