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Uma visão da Bienal de Veneza 2015. O artista é um profeta

Por Lucia Helena Fernandes Stall – Esta foi a terceira Bienal de Veneza que visito nos últimos seis anos. Fiz muitas Bienais brasileiras, em São Paulo, ao longo da minha vida. Sempre movida pela curiosidade de saber através dos artistas plásticos um pouco do que nos reserva o futuro do mundo, qual a linguagem a ser decifrada no amanhã da vida. Isto porque, para mim, o artista é um mago, um verdadeiro profeta, com visões mágicas e ao mesmo tempo reais do tempo que nos espera.

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Mas, acima de tudo, o que me instiga é o impulso para desvendar a alma humana. Como Édipo, decifrando a Esfinge, parto para as obras de artistas de todos os países e continentes, curiosa em decifrá-los.

Porém nas últimas Bienais, percebo uma ânsia artística por uma linguagem diferente, original e criativa. A necessidade de esquecer o antigo para encontrar o revolucionário, sem muito êxito em sua maioria. Ocorrência natural no mundo contemporâneo, a fuga da estética tradicional, na busca de uma estética nova.
Mas, pronta para ser surpreendida, começo meu percurso.

IMG_4687O caos predomina quando inicio a caminhada entre obras de arte de cada Pavilhão. O antigo tentando encontrar a linguagem mais contemporânea, dando espaço a coerência, tarefa difícil para o artista que vive num mundo dominado pelo caos. Ao espectador fica a busca pelo estético conceitual. Nada é fácil neste aglomerado de obras artísticas.

Observo, que em alguns, a estética é deixada de lado, com o predomínio do conceitual, esforço que muitas vezes não é alcançado.

bienal2Na Bienal de Veneza 2013, a tentativa foi a busca de uma reflexão humana, a religação com o divino, tendo Jung, dando o “start” com seu livro “O Segredo da Flor de Ouro”, refletido em muitas obras como o vídeo brasileiro sobre uma sessão espírita, o Vaticano com o encontro de almas, em sessão de cinema onde as imagens de pessoas se encontravam com os visitantes tocando-se as mãos. Além de outras obras instigantes, como um curta metragem sobre o tempo, provocando uma reflexão da plateia sobre o uso do tempo na vida cotidiana.

Já na exposição de 2015, na parte do Giardino, onde se localizam os pavilhões dos países (entenda-se, obras selecionadas pelas instituições culturais dos governos) o “start” foi o livro “O Capital” de Marx e sua dialética. O que para mim, não causou o impacto esperado, no entando, as obras seguintes conseguiram traduzir o apelo de um mundo perverso, miserável, caótico em busca da paz. Paz traduzida nas obras artísticas, com uma linguagem também caótica. Isto porque repetiam técnicas antigas de colagem, xilogravura, textos, etc., sem êxito da inovação, nem do belo que extasia.

IMG_4697O Japão conseguiu aliar o belo e a mensagem, apresentando uma instalação com um barco, simulando uma rede imensa em tons maravilhosamente vermelhos, como uma árvore imensa, de onde caiam chaves como frutos. Ali consegui ver o belo em total harmonia com a mensagem. As chaves da comunicação global, aquelas que abrem a linguagem universal através das redes, aquela que permite pessoas dos rincões mais longínquos do planeta trocarem impressões e afetos. Original e simples, como deve ser uma bela obra de arte. Diante dela as pessoas se extasiavam com uma sensação de paz inigualável, atingindo subrepticiamente um dos temas da Bienal 2015.

Já no Arsenal (outra parte da Bienal, onde existe uma curadoria para selecionar os expositores), as obras surgem um pouco mais maduras e com uma linguagem mais definida, mas ainda repetitivas, sem grandes novidades ou impacto. Houve muito uso da fotografia e da palavra em colagens sobrepostas, assim como de instalações que abarcavam grandes espaços.

Uma ou outra obra desperta maior atenção, mas nada impactante.

11949321_533909386766452_6288629971303180015_nImpactante foi a obra exposta na Igreja de San Giorgio Maggiore, como evento paralelo da Bienal, do espanhol Plensa. Magnífica e realmente criativa, com aquela estética conceitual que leva o espectador à reflexão. Uma cabeça gigantesca de tela cromada, sutilmente com os contornos da face humana, como um enigma na nave principal da igreja, ao lado, suspensa no teto, uma mão também gigantesca, metal quase dourado, com muitas letras penduradas, sugerindo o diálogo entre o cérebro e as mãos humanas. Diálogo que fazemos durante toda a nossa vida. O poder da razão sobre o movimento que nos impulsiona.

IMG_4755Afora a obra de Plensa, na verdade, ainda não encontrei a nova estética, ou a revolução da arte contemporânea, tudo muito fugaz e descartável, nada do novo anunciado, onde se perceba a eternidade do belo, da crônica de uma época atravessando os tempos. Todas as obras expostas entrarão em entropia, enquanto os renascentistas permanecem intactos em sua beleza, na Galeria Uffizi, em Florença, contando com muita beleza para todos nós, seus usos, costumes, religião, política, diferenças de classe em que viviam, verdadeiros cronistas de sua época, sem o desgaste das obras.

As afirmações acima não invalidam o fato de amar a arte contemporânea, inclusive o “grafiti”, como Bansky e outros. Mas dentro de suas peculiaridades, acredito, existem verdadeiros artistas que deixarão obras que persistirão no tempo , como os “antigos” ( da estética tradicional)deixaram.

As colocações desta digressão se referem especificamente à Bienal de Veneza, onde se aglomeram a arte do planeta, o que se está fazendo hoje, qual as profecias anunciadas, qual a linguagem revolucionária de real transformação que irá prevalecer no nosso mundo em decadência.

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Uma bienal rica em conteúdo social. Arte de Veneza faz pensar sobre os futuros do mundo

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Earth’s Creation, Austrália. Emily Kame Kingwarreye, 1994

 

Quem visitar a 56a.Mostra Internacional de Artes, da Bienal de Veneza, tem duas opções considerando o fato dela ser rica em conteúdo social. A primeira ideia seria interpretar à fundo os conceitos do curador nigeriano, Okwui Ewnsor, que nos convida a pensar em “Todos os futuros do Mundo” e se perder na dialética de seus filtros, desordem social, vitalidade para uma épica duração, com tempo para participar da leitura de O Capital, Karl Marx, que é feito continuamento no Pavilhão Central. Isso requer atenção e reflexão.

A outra sugestão seria, para o visitante que viaja com um tempo limitado,  que gosta de arte, é “flanar” sobre a bienal, usando o termo criado pelo crítico francês e poeta, Charles Baudelaire, no poema em que fala sobre as cidades. O PanHoramarte optou pela segunda opção,  o flanar  e passar os olhos sobre as mais atuais expressões artísticas voltadas ao tema “Todos os futuros do mundo”.

Dentro desse contexto e dada a profundidade do tema, as obras apresentaram o caos, a pobreza, a guerra, a destruição da natureza. Algumas menos outras mais. Cada país trazendo a sua bagagem. Assim interpretamos a instalação e a concepção inicial no Pavilhão Central, que contou com a orientação e montagem do escultor e cineasta russo, Sergei Eisenstein.

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Numa sala ao lado O Capital, de Karl Marx,  é lido em horários pré-determinados.

 

 

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Vídeo, O fim carregando todos, Quenia

Para mergulhar nesses conteúdos com seriedade é necessário muitos dias. Não só uma passagem.  Talvez seja esta a proposta do curador, competente e tão criticado nesta bienal, o primeiro africano a estar à frente de uma mostra de arte desse porte. Provocar, machucar e retirar debaixo do tapete as mazelas sociais. Os artistas fizeram a sua parte e enriqueceram os conteúdo, com as experiências e leituras sobre os fatos da vida.

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Neste mesmo pavilhão central não encontramos nenhuma mensagem nova ou diferente das outras bienais anteriores. Muitas técnicas triviais como desenho, em grafite, da argentina Rirkrit Tiravanija, que já vive em Nova York, e retrata os movimentos sociais. Desta vez as armas se transformaram em obras de arte.

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Assim como a música e os instrumentos musicais, a cor e os vídeos instalações. Numa leitura “à grosso modo” no Giardino, onde estão localizados os diversos pavilhões representando países, é possível perceber  o papel político e institucionalização dos trabalhos. Todos têm nas filagranas dos conceitos a institucionalização política, por mais que o artista deseje transgredir.

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À parte o Japão, que trouxe uma estética suave e fácil, que vai merecer um artigo especial do PanHoramarte, o pavilhão egípcio foi singelo, mas com um apelo que atinge a emoção de quem o visita e conhece a história daquele povo. Eles pedem Paz, numa instalação feita em madeira, grama artificial e diversos computadores conectados, mostrando a natureza, flores, em movimento.

Talvez seja essa a conclusão mais significativa de todos os trabalhos da bienal veneziana. Paz em todos os futuros do mundo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A desgraça de uma pecadora

Copilado em linguagem atual por Luiz Ernesto Wanke.

(Retirado do diário do médico francês Raimundo Henrique des Genettes, que narrou ali sua viagem do Rio de Janeiro para Ouro Preto, fato ocorrido dia 8 de novembro de 1836. Esses manuscritos originais foram comprados no comercio de coleções em Curitiba por meu filho mais velho, Marcos Luiz Wanke na década de 70 e pertencem ao seu acervo).

Sua narração:

Com lágrimas de saudades despeço-me de Madame Marlière, do seu enteado Leopoldo e aproveitando a companhia do Sr. Manoel da Cunha sigo para o Presídio de São João Batista (hoje Visconde do Rio Branco, em Minas) onde cheguei no mesmo dia. Hospedo-me na casa do Coronel Geraldo, onde sou recebido com suma benevolência. A minha demora no arraial é pequena e nada há de curioso. Durante os dias no Presídio abrigo um sobrado no largo e nele me estabeleço para melhor trabalhar.

(A fazenda de onde Genettes saiu – hoje a cidade de Guidoval – pertenceu a Guido Marlière, um oficial francês fugido de Napoleão que veio junto com a Corte portuguesa. Mas Genettes não o encontrou porque ele tinha falecido naquele ano de 1836, três meses antes de sua visita. Marlière foi um grande sertanista brasileiro, somente comparado a Rondon, chefiou a Junta de Colonização dos Índios e Navegação do Rio Doce, cuja função era proteger os colonos pioneiros da Zona da Mata mineira do ataque indígena, promover sua aculturação, construir igrejas e contratar padres para ‘educar’ os nativos. Mas Infelizmente foram estas ações que extinguiram as etnias indígenas da Zona da Mata. Marlière estabeleceu seu comando em sua fazenda em Guidoval e a partir dali fundou vilas, explorou regiões selvagens dando nome a montanhas e rios).

Há momentos da vida em que somos atraídos como por um pensamento oculto, a algum lugar, a um sítio qualquer, sem que possamos prestar-nos conta do motivo que nos faz preferir esta ou aquela direção. Alguma coisa aconteceu assim, porque, contrariamente ao meu costume, tomei nesta tarde o caminho que se dobra a minha direita. Vou lentamente, a passo de meu animal e apenas caminhei trinta ou quarenta passos e gemidos pungentes como os de moribundos vieram ferir meus ouvidos e despertar minha atenção. Paro e escuto: conheço que os gemidos provem de uma capoeira fina que se estende a minha esquerda.

Esses gemidos ficam cada vez mais doloridos e mais perto de mim. Apeio-me e entro, não há porta. A um canto tições apagados e sobre três pedras, uma panelinha de barro, queimada e denegrida pelo fogo. Ao fundo, sobre um girao de varas com uma esteira em cima, uma menina de uns treze anos, magra e reduzida ao estado de consumição pela tísica pulmonar. O seu pulso febril anuncia-me que a morte está próxima. Os seus olhos brilham como estrelas rutilantes e deste brilho parece descortinar os abismos de além túmulo.

Coberta por uma camisa e saia apenas, as formigas cabeçudas já furaram esta roupa imunda e a pele está ferida em cem lugares. Antes de morrer, as saúvas vorazes atacaram este corpo, belo ainda, apesar da magreza e do marasmo. A moribunda fita-me e seus olhos fixam-se em mim, seus lábios murmuram: ‘água’!. Precipito-me sobre a panelinha e vou buscar o que ela quer. O córrego é perto e volto correndo, molho seus lábios que a espuma sangrenta mancha, enxaguo com meu lenço branco e dou-lhe um pouco de água a esta pobre menina que murmura um ‘Deus lhe pague’ que jamais me sairá da memória.

Animo a menina, dou-lhe esperanças que não tenho, digo-lhe que é moça e que reconquistará sua saúde. Também que achou um irmão, um amigo que vai buscar lhe os socorros que precisa, mas seu sorriso sinistro parece dizer-me que ela não crê nas minhas palavras. Enxoto novamente as formigas, mas elas voltam sem parar.

Monto a cavalo e vou até o arraial, muito perto. Salto em frente a um velho boticário, José Maria de Barros Alvino e ordeno-lhe que prepare um cordeal (xarope de ervas).

Enquanto José Maria providencia o pedido, vou para minha casa que fica em frente a sua farmácia, mando arrumar um quarto e um cama. Peço também uma rede para carregar a menina. Negam-me uma e outra coisa. A todas as minhas súplicas respondem que ela é tísica e que é muito perigoso. Já compreendo o segredo de tanto abandono, de tanta crueldade: é o medo desse mal que consome tantas existências.

Corro para achar o Coronel Geraldo, que mais ilustrado, empresta-me dois escravos e uma rede. Foi, necessário que eu, sob fé do juramento, atestasse que não havia perigo.

Passo na botica e levo o cordeal. Corro desta vez a pé, de tão perto que é, pois sou moço. Quando chego, ela não expirou. Dou-lhe algumas colheres deste xarope que diminuirá o fogo que abrasa seu peito. Oh, como ficou reconhecida! Uma lágrima corre destes olhos secos de tanto chorar. Sim, uma lágrima de gratidão que fará perdoar muitas faltas na presença de Deus.

Transportamos a menina para meu quarto. Um banho alivia as dores causadas pela voracidade das formigas, minha criada troca suas roupas, o cordeal acalma o peito e algumas colheradas de caldo a animaram para que durma. Dorme em paz, pobre menina, dorme sob a guarda de um amigo de poucas horas, mas que quer ser seu anjo da guarda!

Após duas horas, acorda. Ela pede-me para confessar, vou correndo à casa do vigário, peço para ouvi-la, mas é impossível. O medo e sempre o medo faz negar a pobre abandonada esta última consolação.

Volto horrorizado!

A menina em poucas palavras põe-me a par de sua história: filha de um fazendeiro do Pomba, cometeu uma falta e seu sedutor a abandonou. Seu pai a expulsou de casa sem nenhum recurso. Soube mais tarde que esse é o costume destas paragens em nome da defesa da honra. E pior, dessa relação teve sozinha um filhinho, na mata, que logo morreu.

Pelas três horas da madrugada deixava e existência. Eu apresentava-lhe a imagem de Deus crucificado. Sua mão apertava a minha e sua alma voou num sorriso terno, que me passei a dizer que Deus tinha perdoado a sua fraqueza.

O vigário não quis assistir seu enterro.

Os dois escravos do Coronel Geraldo levaram o corpo, acompanhado por mim, o único que não teve medo da infeliz.

 

Quem foi? – Raimundo Henrique des Genettes, foi expulso no Rio de Janeiro pelo capitão do navio francês Minerva, onde era médico de bordo, por ter assassinado um oficial num duelo no Senegal. Acabou se naturalizando brasileiro. (Liberal, participou na França da Revolução de 1830 e no Brasil, da Revolução de 1842, aquela do Theofilo Ottoni). Descobriu e explorou minas de ouro e diamantes no Rio Jaguara. Pioneiro em Uberaba chegou a ser prefeito. Desolado pelo falecimento de sua mulher, foi ser sacerdote católico na região do hoje Distrito Federal. Ali foi um padre ativo, explorou a região, fazendo o primeiro levantamento geológico de Brasília, descobrindo a ‘Cidade de Pedra’ de Pirenópolis e fósseis de animais pré-históricos. Assim como Marlière, outro injustiçado pela História de nosso país.

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A identidade dos povos na Expo2015 de Milão

A Expo2015 de Milão, na Itália, é gigante!

O mundo está ali representado para realizar negócios em alto estilo, cada qual dentro de seu pavilhão, apresentando o que de melhor produz em seu país.

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Mas o que interessa para o PanHoramarte é a estética na linguagem da arte. Nisso a Expo de Milão revela na arquitetura que identifica o pavilhão de cada povo. A identidade dos povos na Expo2015 se apresenta no traços e nas formas.

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Ao fundo o pavilhão da China

A China, por exemplo, nem precisaria colocar o nome ou bandeira, tal é a delicadeza de suas linhas compostas no design do pavilhão. Equador é outro exemplo. Malásia, Chile, Japão. Basta percorrer com esse olhar e verificar que a cultura está impressa nas linhas arquitetônicas. É fantástico!

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Pavilhão da Turquia

Conclusão:pela Arquitetura se descobre a linguagem cultural do povo. A Ásia e África ainda preservam os traços originais de seus hábitos e costumes. Não se perderam na globalização.  Na Europa e nas Américas a identidade está comprometida, com pouco conteúdo próprio nas formas. As diferenças são muito sutis.

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O Brasil traz para o público uma atividade lúdica. Andar sobre uma rede. O balanço e ginga estão presentes em nosso pavilhão, que apresenta internamente uma instalação chamada CasaMatta, de Laerte Ramos, na qual expõe uma série de habitações inspiradas em ninhos. Além, é claro, de apresentar painéis sobre a produção e a indústria brasileira.

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Pavilhão Zero

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O pavilhão Zero se encontra logo no início e está direcionado à alimentação no mundo. Ao entrar nele, o visitante se depara com dois grandes portais situados numa parede imitando madeira e cheia de pequenas gavetas, com um design de biblioteca. Ali o mundo está presente nas pequenas gavetas e cada qual com seu conteúdo. Dentro uma tela em 3D, gigante, passa um filme sobre o início, quando o homem começou a desenvolver técnicas de alimentação.

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O recipiente para guardar grãos foi inspirado nas mãos. No ato de colher e acolher surgiu as ânforas. O tronco de um árvore centenária se mantém no meio do pavilhão e seus galhos se expandem para fora do telhado, para deixar o público viajar na reflexão dos conteúdos.

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A Expo2015 de Milão começou em maio e encerra no dia 31 de outubro. A entrada para a feira é 39 euros. Caro para os brasileiros, que podem optar em comprar o ingresso no centro de Milão, por 25 euros e ver um espetáculo do Circo de Soleil às 9h e pagar a entrada para exposição mais 5 euros.