Primeiro era eu e o marido. Depois multiplicou-se em mais três meninas. Os anos passaram e chegaram mais quatro. Oito mulheres numa família porreta, que recebeu com alegria a chegada de três meninos. Viva a força feminina!
Quando exalto a força feminina, nela coloco todos os parceiros, filhos, netos, amigos que se juntam a nós mulheres para abrir caminhos e fortalecer nossas conquistas de espaço neste mundo patriarcal!
É certo que às vezes precisamos lembrá-los que temos direitos iguais a eles no trabalho, nos serviços domésticos, na criação de filhos e em tantas outras situações. Mas nada comparado ao passado, no qual nem tínhamos o direito de ser alfabetizadas. Nem tão remoto assim. Pois na geração de minha mãe as mulheres eram criadas para serem belas, recatadas e do lar.

A rebeldia de minha mãe era pacífica, porém forte que até hoje não abro mão de seu conselho.
“Mulher dentro de casa não é valorizada”, dizia dona Odette, talvez com o coração cheio de ressentimentos por não ter lutado contra sua condição de ser somente uma ‘dona de casa’ e mãe de cinco filhos. “Estude e vá trabalhar fora”, dizia ela. Segui à risca e cá estou eu acumulando funções, ainda não tão bem remunerada por tudo que propus fazer.Jornalista mãe, esposa, mulher e dona de casa e agora uma avó emponderada…. É mole?
É fato que nós mulheres tivemos que garimpar, isso mesmo, garimpar é o termo correto para definir o que foi a luta e a garra na conquista de espaços em profissões determinadas como somente masculinas e em muitos aspectos..

Basta retroceder na história e buscar exemplos de superação feminina. Se não fossem as mulheres fantásticas não teríamos hoje nosso status de liberdade.

A própria arte – na pintura, na literatura, na música, tem histórias de mulheres guerreiras e ousadas. Conhece alguma tela assinada por mulher antes do iluminismo?

E assim tem uma lista imensa de exemplos incríveis de mulheres que romperam com os padrões da época e decidiram impor seus desejos e vontade de competir com os homens no mesmo nível de condição.
Minhas filhas dizem que eu as criei revolucionárias. Eu digo que sempre mostrei o outro lado da moeda a favor da força feminina. Assim estamos fazem com os nossos pequeninos, as meninas e os meninos estão percebendo o mundo da mulheres com um novo olhar. Muito mais ampliado!!!!

Ainda precisamos de muita Força Feminina para mudar o mundo. A violência, a misogenia, os abusos são muito e atuais. Basta.
Muita força feminina pela Paz!