A comunhão entre eu e o mar foi perfeita em 2024 e coloquei como meta: empenho em 2025!
Confesso que aprender a nadar com estilo e técnica e praticar stand up(SUP) nas águas azuis da enseada do Morro do Careca, em Natal, foi uma revelação sobre a minha capacidade de superação. Me dei bem!
Iniciei um novo movimento na minha vida. O movimento físico(rss..). Natação e stand up estiveram presentes e foram um presente em 2024 para mim.
Dessa forma, faço o jogo de palavras e repito que nadar e remar numa prancha sob as águas do mar foram um incrível “presente”. Aproveitei as oportunidades e segui em frente…
Talita Schmidt foi quem deu a primeira dica. “Vai lá, não importa que só sabe nadar cachorrinho, nada, bóia, descansa”, disse ela. Fisioterapeuta e osteopata que manda embora minhas dores.
Madalena Nunes que me colocou nos grupos de nadadores como se eu fosse a atleta do dia. Grande marqueteira essa nadadora incrível, campeã e colecionadora de troféus, que sabe estimular o povo a praticar natação. Por isso, lidera a Associação de Nadadores de Ponta Negra.
Márcia Lima, nadadora, estimuladora do esporte em Camurupim( praia da região Sul de Natal) e amiga paciente que me acompanhou na tentativa “esbaforida”de chegar na plataforma Dubai, só no nado cachorrinho,( mil metros da areia da praia). “Você tem medo do mar e precisa aprender mais técnica”, afirmou num jeito suave e apontou para o CTF. “Olha, ali tem uma escola que é muito boa, vai lá”. Fui…
Assim… comecei o ano de 2025 a todo vapor nas atividades físicas. Em 2024 adquiri conhecimento sobre o como lidar com o mar.
E vejam, todo esse percurso evoluiu de uma dor terrível no pescoço que me levou a Talita e Talita me levou a Madalena e Mada me levou a Márcia e como o mundo é pequeno Márcia é vovó do amigo mais amado de minha neta Gabriela. Com isso aumentei o meu círculo de amizades!
Portanto, aproveitei as oportunidades e tive a sorte de encontrar instrutores fantásticos neste aprendizado de se transformar quase em atleta, quase. (rsss…)
Depois de quase um ano de treino, tentando perder o medo dos humores do Poseidon* consegui, junto com uma turma de instrutores e outros alunos do CTF -Assessoria Esportiva, chegar na famosa Dubai – uma plataforma que serve de apoio para os nadadores de Ponta Negra, localizada a mais ou menos 1000 metros da praia. Foi um batismo muito desejado desde o tempo que só nadava “cachorrinho”…..
Mas vamos dar o crédito também a turma do stand up. Antes de chegar nadando fui de prancha até Dubai. Jonathas Costa é um talentoso fotógrafo e um bom instrutor, claro sem deixar o Jota fora desse time.
No entanto, não posso deixar de ressaltar as qualidades dos meus instrutores. Maravilhososss, Jonathas (standup), Jota(standup) e Geilson e Fernanda (CTF), sem deixar de citar o orientador do CTF, que às 4 da manhã já está mandando recado pelo whatsapp e começa “sacudir o povo para nadar e caminhar”, o Cézar. Grande Cézar que, no mundo virtual, ensina e dá muitas dicas das “manhas”do mar e estimula a turma a se mexer.
Só agradeço este pessoal animado que ama o que faz, reúne, acolhe e te faz sentir-se campeã, pelo menos na vontade.
Agora entendo os nadadores, surfistas e os que praticam standup porque estão sempre no mar. É um vício que acalma a mente e aquece a alma. É encontrar-se consigo mesma!
Este batismo foi muito especial. Um ano de preparação e esforço para aprender como lidar com as manhas do remo e da prancha. O pulo realizado da Dubai, assim meio cambaleando, mas é uma grande conquista de uma etapa vencida.
A empolgação foi grande da minha parte. Maravilhoso foi a palavra por demais citada. Maravilhoso isso, maravilhoso aquilo… Mas estava mesmo. O penúltimo dia do ano ensolarado e com um balanço das ondas que não assustaram esta principiante que ainda precisa de muito treino.
As imagens são do CTF- Assessoria Esportiva. A nadadora sou eu, que me surpreendo ao assistir e lembrar daquela iniciante entrava até somente a cintura no mar, dava uns pulinhos com as ondas e saía rapidamente. “O mar é traiçoeiro”, dizia meu pai. Assim, aquele horizonte sem fim de águas me assustava.
Hoje respeito a grandiosidade das águas abertas e estou aprendendo quando estão “mexidas” e até aonde posso chegar, sem querer desafiá-la, seja qual mitologia a escolher, a grega ou romana – Poseidon ou Netuno.
Nadar em águas abertas é desenvolver a criatividade, a concentração, a paz interior e conexão consigo mesma. Por que desenvolver a criatividade? A resposta é simples: o mar é um ser vivo e intensamente criativo.
Cada dia, apresenta-se com características que nos obrigam a analisá-lo com atenção. “Como está o mar hoje?, pergunto a Ana, do standupNatal. “Está um pouco mexido”, responde… “Dá para arriscar”.
Neste arriscar, aprendo o equilíbrio do corpo em sintonia com o movimento das ondas, procuro flexionar um pouco os joelhos quando as marolas chegam e neste embalar das ondas se tiver sorte, é até possível ver uma tartaruga nadando por perto, ou golfinhos brincando em grupo. Na natação é a mesma situação. Quando nado e coloco a cabeça dentro da água e faço o movimento de respiração do crawl, a sensação é de acolhimento no mar pacífico e morno do Morro do Careca. Sinto-me parte daquele santuário ecológico! Que Deus proteja o Morro do Careca nesta fase da engorda tão precipitada…
O grupo de nadadores de Natal, que acredito, passa de 400 pessoas e começou há muito tempo, como Poseidon, é animado e está sempre marcando encontros para nadar. A norma é nunca sair sozinho e sempre com flutuador. Certamente, que as características do mar, mais tranquilo, sem correntes perigosas ajudaram a fortalecer e fazer crescer em número, claro, aliado a criação de grupos pelo whatsapp.
Por que me coloquei em primeiro plano neste artigo? Não só para me exibir. Será que não? Talvez…. só um pouquinho para massagear o ego.
Mas acima de tudo, muito mais para dar exemplo e deixar como recado para todos que se consideram limitados com a idade ou por deficiências físicas. Não desista e vá em busca de uma atividade física, seja ela qual for. Não envergonhe-se das tuas limitações! Ouse em 2025!