O alemão Jochen Volz que concebeu a “Incerteza Viva”, da 32a.Bienal de São Paulo, veio para ficar no Brasil.
Chegou em 2005 para ser curador e diretor artístico do Instituto Inhotim, em Minas Gerais, agora, depois de encerrar a bienal paulista, assume a Pinacoteca de São Paulo. Também fará a seleção dos artistas para o pavilhão brasileiro na próxima Bienal de Veneza.
Mordaz
O site italiano exibart dedicou algumas linhas sobre prestígio de Jochen Volz no universo das artes brasileiro e foi talvez um pouco mordaz com tal destaque, considerando o importante currículo do curador e sem deixar de citar a estreita cooperação entre a Fundação Bienal e o governo pelo Ministério das Relações Exteriores.
Finalizaram assim: “dado o nome relevante como guia, esperamos curiosos o elenco de artistas de um dos Pavilhões chaves na geografia do Giardini”. ???
Apesar de não faltarem críticas ácidas à bienal paulista publicadas nas revistas e jornais de grande circulação nacional, mais de 100 mil estudantes passaram pela mostra de um total de 600 mil visitantes alcançado semana passada. Esse número supera em público as últimas quatro edições. Portanto, agradou no geral e não a crítica especializada.
O PanHoramarte avaliou-a como uma das mais criativas dos últimos anos.
Beleza
“Eu acredito que a beleza não mereça ser usada como categoria. Eu mesmo vejo muitos trabalhos bonitos na mostra. Houve uma preocupação de nossa parte em desenvolver trabalhos propositivos, que propõem algo para pensar, para entender algo diferente, e, para mim, são categorias estéticas”, disse Volz. Fonte: Folha de São Paulo.
Jochen Volz (1971, Braunschweig, Alemanha – vive em São Paulo) foi também o curador da 32ª Bienal de São Paulo (7 de setembro a 11 de dezembro de 2016).
O crítico de arte dirigiu ainda a programação da Serpentine Galleries em Londres e atuou como diretor artístico do Instituto Inhotim. Foi curador do Portikus, em Frankfurt, cocurador da mostra internacional da 53ª Bienal de Veneza (2009) e da 1ª Aichi Triennial, em Nagoya (2010), e curador convidado da 27ª Bienal de São Paulo (2006).
Sem desmerecer o potencial e o talento do curador alemão, é sabido que no Brasil não falta profissionais para realizar tais trabalhos. Por que os nossos não são valorizados?
Bem…. Deve ser o terrível complexo de vira-latas do brasileiro. O que vem de fora é sempre melhor.