Ideias brilhantes, sustentáveis, transformam problemas em soluções. Transitar por alguns instantes na página da Bienal de São Paulo, Incertezas Vivas, poderá poderá fazer parte de um universo rico em ideias. Garanto que a palavra Permacultura é limitada a um círculo muito pequeno de conhecedores. Guilherme Castagna, da Fluxus Design Ecológico, faz parte desse grupo e deu uma aula sobre o assunto.
Vale a pena assistir! O que é mais fantástico, nele, Guilherme mostra que nossos ancestrais tinham uma capacidade de leitura da natureza com arte. Inclusive a forma de explorar a agricultura, a coleta dos alimentos na água, na floresta.
Os povos ancestrais conseguiam se manejar, se deslocar, simplesmente com a observação de como as coisas funcionam no ambiente natural. As lendas eram repassadas de geração à geração e a educação era feita por meio de canções e leitura do corpo.
A base da Permacultura, segundo Castagna, são os padrões. O jeito de lidar com a terra na ancestralidade foi um padrão, outro ao qual ele se refere, são os padrões geométricos, as formas da natureza. Perceber a relação matemática e geométrica entre animais, vegetais é uma viagem incrível de conhecimento!
Reconhece que é “m uito Lindo! A gente consegue entender de cara que existe uma inteligência muito grande conectando tudo que se forma aqui nesse espaço. A gente é incapaz de conceber tudo que está por trás, mas somos inteligentes o suficiente para compreender a similaridade dessas formas e como elas aparecem na natureza. Não precisa ser um super cientista dedicado, basta observar e replicar. Só entender e replicar. Não precisa fazer grandes cálculos e invenções para isso. Uma das formas que aparece é o círculo como espaço de representação da perfeição…”
Guilherme finaliza o vídeo dizendo que “nós precisamos de uma nova sociedade, um novo lugar para as pessoas habitarem e a gente pode desenhar isso tudo. Podemos desenhar as construções de uma maneira de impacto positivo, com recursos locais”.
Replicar é a ordem! Vamos nessa….
Símbolo da Permacultura: “O Desenho oval representa o ovo da vida; aquela quantidade de vida que não pode ser criada ou destruída, mas que é expressada e emana de todas as coisas vivas. Dentro do ovo está enrolada a serpente do arco-íris, a formadora da terra dos povos aborígines americanos e australianos. Dentro do corpo da serpente está contida a árvore da vida, a qual expressa os padrões gerais das formas de vida. Suas raízes estão na terra e sua copa na chuva, na luz do sol e do vento. O símbolo inteiro, e o ciclo que representa, é dedicado à complexidade da vida no planeta Terra.” Bill Molison.