O calendário Cor Púrpura – 2016 é lindo e torna-se mais espetacular pelo seu objetivo: o dinheiro arrecadado pela venda será revertido à ong Flapt, de Londrina, que ajuda crianças e jovens, na maioria negros e pobres, a buscarem novas perspectivas de vida. Os artistas paranaenses que participaram do projeto fizeram uma releitura das cenas clássicas do filme, cada qual colocando em suas obras uma poética diferente. O resultado foi incrível!
O filme
Por que homenagear o filme Cor Púrpura, de Steven Spilberg, que foi lançado há 30 anos. É a pergunta que mais se faz ao curador e idealizador do projeto Hugo Umberto. De imediato, ele responde que o tema do filme, que trata da discriminação, violência, abusos pessoais e físicos, continua sendo muito atual. No Brasil existem milhares de Celies e Aberts e, felizmente, algumas Sofias também. “Foi um filme que me marcou muito”, afirmou.
Aliás, Cor Púrpura é um filme que marcou e emocionou muita gente. Uma obra de arte de Spilberg nas cenas e na fotografia. Conta a história de uma menina negra, Celie, que é violentada física e emocionalmente e aprisionada em uma vida de sofrimento, indignidade e ignorância. Só o que consegue redimi-la é a amizade com Sofia, que consegue fazê-la se valorizar e resgatar nela o direito de ter direitos. A obra de Cecília Dalcareale representa a Dor da Separação.
As obras que fizeram parte do calendário estão expostas no Carmesin Espaço de Arte e Design, em Curitiba, e o calendário está sendo vendido no local. Para quem mora na capital paranaense vale dar uma olhada na mostra que é interessante e adquirir o calendário e, assim, ser mais uma colaborador de projeto social que promove a esperança, por intermédio do resgate da cultura popular, pela dança, pela leitura, música e teatro. “Todo mundo quer ser amado”, obra de Claudia de Lara Samways, ilustrou o mês de junho.
Os artistas que fecharam o calendário de janeiro a dezembro foram, Adriano Catenzaro, Cesar Femino, Cecília Marques Dalcareale, Claudia de Lara Samways, Danielle Carazzai, Elizabeth Titton, Leila Alberti e Giovana Casagrande, Marica Lurk, Marília Marques, Milena Kovalczuk, Nicole Gulin e Sandra Hiromoto. A foto acima representa o mês de agosto, obra de Sandra Hiromoto, noite adentro sonho brinca. Amor tecido pelo tempo.
A artista Marcia Lurk, representou Celie com Flores, em mosaicos. “Não permita que os outros digam quem você é, o que você… Siga seu coração e tenha a certeza que se você quer, você pode! Acredite. Ilustrou setembro.
A obra de Leila Alberti e Giovana Casagrande ilustrou novembro e representa Free Bird. A cena entre as duas jovens no campo de flores foi escolhida pelas artistas. A porcelana alva e delicada, inundada pelos fios pretos e coloridos. As duas irmãs vão sendo unidas na obra, num vai e vem de fios e lãs.
Maiores informações poderão ser obtidas no Carmesin Espaço de Arte e Design