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‘A Pulsão Pela Escrita’

‘A Pulsão Pela Escrita’ é o novo livro do jornalista e escritor paranaense Luiz Manfredini sobre a biografia do também jornalista e escritor Wilson Bueno (1949-2010). O título traduz a personalidade de Bueno e, sem dúvidas, envolve-se com a de  Manfredini. 
Amigos de infância e adolescência, ambos professaram já no início de suas carreiras a paixão pela escrita.
“Também me lembraria de como nos conhecemos e como nos tornamos, um o melhor amigo do outro, naqueles anos de formação, entre o final da infância e o início da adolescência, de 1958 a 1966. Certamente foram os livros, embora não me recorde exatamente de como isso aconteceu. Passamos a trocar livros e a emprestá-los na Biblioteca Pública. E a devorá-los com uma compulsão incompatível para nossa tenra idade.” Fonte revista Candido, da Biblioteca Pública do Paraná
Wilson Bueno é um dos autores ‘mais significativos e fascinantes da literatura brasileira’ e Luiz Manfredini, além de sua passagem nos principais jornais e revistas brasileiros como jornalista, é autor As Moças de Minas, Memória de Neblina (sobre a ditatura militar) e Retratos no Entardecer de Agosto ( a vida de Dr. Faivre, um médico francês que lutou pela igualdade social em 1847, no Paraná).

Leitura

Estou curiosa em conhecer a vida de Wilson Bueno. Gosto do texto leve e ao mesmo tempo detalhado de Manfredini, que considero uma característica de jornalista/escritor. Assim que encerrar o Décadence, de Michel Onfray, em italiano e a releitura de Questões de Arte, de Cristina Costa, o meu próximo livro será Pulsão pela Escrita.
Diga-se de passagem que tenho um velho hábito de ler dois, três ou até mais livros ao mesmo tempo. Quando canso de um, passo para o outro e assim a leitura torna-se um exercício rico de informações.
Manfredini é daqueles escritores, cuja relato faz o leitor participar da cena descrita. Gosto de me sentir parte e viajar no tempo e nas palavras. Não esqueço da sensação do francês Dr. Faivre, em Retratos no Entardecer de Agosto, ao refrescar os pés nas águas do Ivaí. A descrição do autor fez com que me sentisse sentada à beira do rio desfrutando do momento junto ao personagem.

Wilson Bueno

“Wilson Bueno, escritor de múltiplas facetas. Ora um flâneur, um vagau, como dizia, colhendo aqui e ali, em andanças sem destino, a vida tortuosa dos marginalizados. Suscetível a influências, ora incorporava Jean Genet, em sua mitologia pessoal de escândalos e rixas, ora o libertino Arthur Rimbaud, vestes rotas, cabelos longos e desarrumados e o comportamento considerado ultrajante. Em seus últimos vinte anos de vida, sóbrio, fechou-se em recato, mostrando-se como um discreto e elegante cavalheiro vitoriano.

A pulsão pela escrita é, enfim, um voo acidentado e pungente, sobre a vida e a obra de um escritor que “não viveria, absolutamente, sem escrever”, e que se agarrava à literatura movido por uma pulsão vital, absoluta”.

Para agendar

O lançamento será no dia 18 de setembro, das 18h às 21h, na Casa de Chá The Kettle, na Rua Prudente de Morais, 836 (esquina com Júlia da Costa), em Curitiba.

Nada melhor, entre uma xícara de chá e outra, algumas guloseimas, ‘jogar conversa para fora’ sobre a vida de um cara que amava escrever. Vamos lá!

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